O Museu do Oratório foi inaugurado em 1998 na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, no prédio setecentista pertencente à Venerável Ordem Terceira do Carmo, que foi totalmente restaurado e adequado para abrigar o Museu.
Apresenta uma magnífica coleção de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX. As peças do acervo foram doadas ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pela colecionadora Angela Gutierrez e são genuinamente brasileiras, principalmente de Minas Gerais.
Caracterizando-se pela diversidade de tipos, de tamanhos e de materiais, o acervo oferece detalhes valiosos da arquitetura, pintura, vestuário e costumes da época em que foram produzidos permitindo uma verdadeira viagem antropológica pela história do Brasil. Reunidos com especial atenção, esses objetos contam a história de Minas Gerais e do Brasil. Falam de usos, costumes e tradições; evocam hábitos e características do ciclo do ouro e dos diamantes; narram o processo de contribuições afro-luso- ameríndias que se fundem na formação cultural brasileira. A história da arte e da arquitetura se revela no conjunto dos oratórios, por meio da influência barroca, rococó e neoclássica.
Desde sua abertura o Museu promoveu importantes exposições nacionais e internacionais, que levaram a riqueza da cultura de Minas Gerais para países como a França, Inglaterra, Espanha, Itália, Venezuela, Chile, dentre outros. Por meio do projeto “Museu Itinerante – Objetos da Fé” circulou o acervo também por capitais e cidades do interior do Brasil, democratizando o acesso do público à este patrimônio cultural.
Lançou publicações de referência na área como “Objetos da Fé” (série de catálogos que apresentam a Coleção de Oratórios em exposições no Brasil e no Exterior) e o livro “Museu do Oratório”.
O Museu do Oratório desenvolve desde a sua abertura projetos de ações educativas para alunos da rede pública e mantém projetos em parceria com a Secretaria Municipal e Estadual de Educação. Em 2012, numa ação de responsabilidade social, o Instituto Cultural Flávio Gutierrez criou o Coral Canto Crescente, que beneficia 50 crianças e jovens de Ouro Preto.
Mantém ainda os projetos de extensão cultural como o programa de “Valorização das Manifestações Culturais” que fortalece os grupos tradicionais de Ouro Preto e promove aproximação deste público com o espaço museal. A Série de Concertos, realizada desde o ano de 2001, já faz parte do calendário cultural de Ouro Preto, sendo um reconhecido programa de difusão e valorização da música instrumental. O Museu do Oratório integra também o núcleo inicial do Sistema Municipal de Museus de Ouro Preto, entidade que valoriza e fortalece os museus da cidade.
Todas estas ações e atividades possibilitaram a construção de um museu vivo, hoje acolhido pela comunidade de Ouro Preto e que se mostra relevante para seus visitantes.
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